Aquele Caderno

MusiQuinta #01 - Começo

Partindo da ideia do Miugnutos na Ursal, vou tentar manter esse espaço aqui para ampliar meus comentários feitos lá sobre as músicas. E falando sobre começos, eu preciso ir para o talvez recomeço da minha vida.

O ano era 2014 e nem consigo dizer que foi um dos mais pesados, porque eram pesos já presentes desde 2012 e firmados em 2013. Nesse ano foi apenas a saturação de todas as coisas e, desde Janeiro, a confirmação de que não cabia mais naquela situação. Com um gancho que foi simples mas impactante de Outubro do ano anterior, um e-mail, de uma amiga e crush que apenas ficou nos sentimentos, me fez perceber o marasmo e falta de forças que a vida estava me mantendo e tudo que eu estava perdendo no auge dos meus 19 anos. E disse que não dava mais. Foi uma semente plantada que só vingou e germinou lá pra Julho de 2014. Ainda assim, parte desse adubo foram músicas.

Houve três artistas que me foram fundamentais nesse momento, por conta não apenas de suas melodias, mas também de como foram me moldando e me ajudando a perceber que eu poderia ser eu, ter meus gostos e me descobrir como um indíviduo. Preciso citá-los, apesar de escolher apenas uma música ao fim, que são: Tame Impala, Phill Veras e Leo Fressato.

  1. Tame foi a banda (ou o cara, já que as versões de estúdio todos os intrumentos são feitos pelo Kevin Parker) que fixou o estalo causado pelo contato e foi indicação dessa pessoa. Entender que eu gosto de descobrir artistas e gêneros novos foi crucial para o começo de tudo ali;
  2. Phill Veras foi minha própria descoberta e paixão que eu me espelhei e tomei decisões sobre mim a partir dali. Foi o ano que eu comecei a deixar meu cabelo crescer por conta dele. Ouvi os dois CDs e EP que tinham naquela época. Pode Vir Comigo era o que queria viver.
  3. Leo Fressato foi meu primeiro amor totalmente vindo da finada Musicoteca. "Canções para o inverno passar depressa" é, até hoje, um dos meus albúns favoritos e descobri ali a nova MPB, que eu ainda tenho minhas questões e seletividade, mas que é um dos meus gêneros.

Dito isso, essa foi minha guinada e meu começo na vida. E considerando começos, apesar de querer valorizar um dos brasileiros, é impossível não falar sobre Let it Happen, a primeira faixa de Currents, albúm do mesmo ano de Tame Impala e que me cativou instantaneamente. Ali foi o meu começo. E volto nela sempre que preciso me lembrar disso.